sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Malhação

(Este título requer que seja lido com o sotaque brasileiro adequado, dá logo mais ênfase à actividade em si).

Bem, “malhação” é talvez um exagero, mas a verdade é que, desde que me capacitei de que não queria ser uma lontra, comecei a organizar-me, a acabar com as desculpas, e a arrastar o corpinho para o ginásio, pelo menos uma vez por semana. Eu sei que isto não é “nada”, então eu, que já treinei todos os dias uma ou duas horas, mas um treino semanal já implica mais do que continuar para sempre de rabo sentado, seja no trabalho, seja no carro, seja em casa (valem-me as tarefas maternais e as domésticas para me fazer andar de pé e a pé, mas quando isso acontece por muito tempo, fico com umas dores parecidas com o que as pessas com dor ciática descrevem, mas mais em versão suave, desde o segundo trimestre da gravidez, mais ou menos, e nunca mais passou).

O mais importante é que começar a ir uma vez por semana é, acima de tudo, a ponte para uma nova vida, é ir novamente sentir o “cheiro do ginásio” (não me refiro a nenhum cheiro corporal em concreto!, é uma figura de estilo, ok?), voltar a estar “fardada para a guerra”, a esforçar-me, a ver pessoas à minha volta com a mesma motivação, a sentir-me parte daquilo, daquele culto, daquela identidade.

Engraçado como o ser humano precisa desta sensação de pertença. Seja a um clube futebolístico, seja a um partido político, à paróquia, àquele café do costume, ou, neste caso, ao ginásio. Quando treinava intensamente no outro ginásio, e uma vez que fui das primeiras sócias, comecei a perceber que havia uma “nata” dos verdadeiros “treinantes”, ou seja, aqueles que estão sempre lá, todos os dias, quer chova quer faça sol. Eu pertencia orgulhosamente a essa nata, e era reconhecida como tal, e reconhecia os outros. O cumprimento entre os que ali estão sempre é diferente, é um sorriso cúmplice, aquele encolher de ombros do “cá estamos outra vez, não é?...”, como quando a nata fazia RPM seguido de Body Pump na sexta à noite e no sábado de manhã lá estava caída novamente no RPM. Olhávamos uns para os outros com aquele ar como quem surdamente se diz: “sim... somos malucos... é verdade... mas somos felizes...”.

Agora claro que ninguém me conhece nem conheço ninguém, não é disso que se trata, mas todos nós, os que estamos ali, pertencemos a um mesmo projecto, sejam quais forem os objectivos, mas todos temos este “segredo”, que à hora de almoço a nossa vida pára, já não somos engenheiros, advogados, consultores, doutores, para sermos todos pessoas a fazer pela vida, a correr pela vida, a espairecer através do exercício (também gosto muito de espairecer pelas compras, mas o Sunshine não sei porquê prefere que espaireça no ginásio...).

Os treinos não são muito intensos, tenho que me mentalizar que já não sou essa menina de ginásio que fui, e o tempo não é o mesmo, nem a assiduidade, limito-me a correr (tenho que investir mais na parte cardiovascular para queimar!!), a andar no rotex ou no wave, uns dias remo, outros ando na bicicleta, faço uma parte de musculação, mais nas pernas que é o que gosto mais (ontem fiz costas e hoje não me mexo da cintura para cima) e abdominais, aí sim, daqueles mesmo em prancha, com o relógio a não me deixar fazer batota, é mesmo para doer e acabar de vez com esta barriga de três meses de gravidez (no caso de uma grávida normal, no meu aos 3 meses tinha menos barriga que agora...).

A verdade é que o hábito lá se perpetuou umas semanas, e esta já consegui ir duas vezes! E por enquanto é este o objectivo, se depois der para passar para as 3, melhor, e assim sucessivamente, mas sem pressas, o que interessa é fazer alguma coisa.

Também tenho feito umas saladinhas, se bem que ontem fiquei com tanta fominha por ter treinado e ter comido só uma salada com uns 4 bocadinhos de requeijão e umas 4 nozes, que saí do trabalho e fui atirar-me a uma sandes de delícias do mar!

Este fim de semana eu e o Sunshine vamos fazer a primeira pesagem na minha balança super hiper mega XPTO, daquelas que aparece o nível de massa gorda e de hidratação e tudo, e em Fevereiro vamos começar a fazer dieta...

Depois ponho-vos a par dos nossos progressos, se houver!...


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Mononucleose! Medoooooo!

Pois é....

Hoje vou buscar a Luazinha a casa dos avós, e eis senão quando a minha mãe me conta que na escola das minhas sobrinhas, mais concretamente da turma mais pequenita, um menino foi diagnosticado ontem com mononucleose e ficou em casa por 45 dias!

Para quem não sabe, essa doença é chamada de "doença do beijo", por se transmitir muito facilmente através dete género de contacto... Na verdade, a minha sobrinha mais pequenina passa a vida a dar beijinhos na prima... o que aumentou o meu medo e a minha preocupação!

E o pior é que ela aqui de há uma semana para cá tem andado com algo que me pareceu ser uma dermatite da chucha, ou por outra, a mim parecia mesmo herpes, pois era em redor da boca e também mais para a bochecha, mas como bate ali a chucha e ela baba-se muito, pronto, assumi que era da chucha... Mas... e se fosse herpes???

É que, pelo que li, a mononucleose infecciosa é provocada por um vírus aparentado com o herpes!!

Obviamente já devorei toda a informação disponível na internet sobre a doença.... já a imagino com todos os sintomas... mas há que manter a razão.. afinal, ela está bem, não tem febre... bem, teve aquelas anginas... e a mononucleose também se traduz em febre e garganta inflamada... mas não, ela está bem...

Ok, já não vou dormir bem hoje!

Espero que o Sr. Epstein-Barr tenha passado ao lado dela e das minhas sobrinhas! Xô bicho ruim!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

8 meses de vida

Ontem a Luazinha fez 8 meses!

8 mesinhos de vida!

Lá fomos à pediatra, à consulta de rotina, e então a Luazinha está finalmente a estabilizar no peso. Pesa 8800 kg, mede 66.50 cm, percentil 50 na altura e 75 no peso. Tendo em atenção que já teve 25 na altura e 75 no peso... ou 50 na altura e 90 no peso... posso considerar que é uma pequena vitória para todos nós!

Depois dos seus primeiros tempos de suposta magreza, e especialmente desde que travou conhecimento com o amigo biberão, a Luazinha foi ganhando umas novas carninhas, umas camadinhas assim de reserva (como diz o Sunshine, "ela tem que ter uma reservazinha...."), as bochechinhas começaram a arredondar cada vez mais...

Então lá tivémos que iniciar uma "espécie de dieta"... A quantidade de carne muito bem contadinha, biberões só de 150 ml (ela chegava a beber 300 ml quando tinha uns dois meses.....), ao lanche só um iogurte ou só o meu leite (quando ainda não o rejeitava), e claro que nem lhe damos papa a provar... apesar de me doer o coração só de imaginar o quanto ela se iria deliciar...

Nota-se que a genética deu como herança à Luazinha, entre outras coisas, a gulodice (gula) da mãe. Quando fazemos manga, por exemplo, quando ela vê o laranja na taça e percebe o que vem lá, começa logo a mexer as mãozinhas e os pézinhos, a saltitar de alegria, a abrir a boca já em antecipação, a mesma reacção com o biberão. Não é que não goste da sopa, aliás, aquela boquinha santa está sempre pronta para as aterragens dos aviõezinhos de comida, mas de facto nota-se preferência pelas coisas mais saborosas...

Hoje em dia já se senta perfeitamente, já se entretem um bocadinho a brincar no parque ou num tapete (sob supervisão...), e já se estende um pouco para a frente, mas ainda não está muito interessada em gatinhar ou empreender outras formas de deslocação.

Já na fala, é muito avançada! É mulher, claro está! E minha filha! Logo, há-de gostar de comunicar! Além de palrar muito, já diz claramente "mamã" e "papá" (pronto... especialmente mamã... baba, muita baba... mas é verdade...), e às vezes parece que também já há uns vocábulos parecidos com "bébé" e "avô".

A pediatra disse que temos que mudá-la de quarto... que está no limite da idade... que assim até vai dormir melhor... etc.. etc.. etc..

Mas se ela chora durante a noite porque cai a chucha ou por nada... não me parece muito que vá correr melhor com ela noutro quarto...

E convenhamos que andar no meio da noite de Inverno de um quarto para o outro também não é o cenário mais apetecível..

E ela não me incomoda... e já dizia a minha avó: os filhos criam-se ao lado das mães- o que significava mesmo metê-los na mesma cama e bar aberto de mama a noite inteira...

Será que se a mudar de quarto ela não se vai sentir abandonada?... Será que até vai descansar melhor porque ao menos não ouve o pai a ressonar (isto é o que ele próprio diz...)?

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Afinal não houve nada de caipirinha!...

Afinal, mal comecei a saborear a caipirinha, o sabor a Pitú foi de tal forma intenso que não
consegui tragar muito mais do que dois golinhos, ou era aquilo que estava mesmo potente (o
Sunshine estava com vontade de ver o pessoal todo a dançar em cima da mesa, certamente),
pois, na verdade, ficaram mais alguns copitos assim como que abandonados como quem não
quer a coisa perdidos pela casa, ou então depois de mais de um ano sem beber uma gotinha
de álcool, o meu organismo rejeita a intrusão de tal substância.

Mas mesmo assim, o almocinho foi muito divertido! Vieram dois casais amigos que também
têm bébés, o que tornou tudo mais caricato e ainda nos fez pensar que só nos sentaríamos à
mesa para almoçar à hora do chá das cinco, pois uma não dormia, o outro tinha que mudar
a fralda, o outro também não queria dormir, e cada par de pais de volta do seu rebento,
todos espalhados pela casa, todos desencontrados!

Mas esta circunstância tornou tudo mais
engraçado e rico, como dizia um grande amigo meu, como me conhece desde os nossos 15
anos, agora estarmos com os nossos bébés parece que estamos apenas a brincar aos papás!
Eu percebo a ideia! Olhamos uns para os outros e éramos tão miúdos e depois de repente ali
estamos nós a olhar para os miúdos da nova geração, que são os nossos!

Comemos uma saborosa moqueca de camarão e um leite creme, tudo com a ajuda da amiga
Bimby, claro está!

E pronto, o resto do dia foi para arrumar a casa, tratar da Luazinha que mal tinha dormido de
tarde com a excitação de ter visitas e aterra no sofá por uma horinha antes irmos ao encontro
do João Pestana e do carneiros.

E assim se passou o fim de semana!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Só mais um!!!

Estava a ler a newsletter que o baby center me enviou, e até se me chegou uma lagriminha ao canto do olho... pois isto é tão, mas tão verdade!!!! snif!

De 7 meses a 1 ano
Por volta dos 7 meses, seu filho vai compreender que é independente de você. Esse é um importante salto cognitivo, mas, infelizmente, vai deixar o bebê ansioso. O elo com você já ficou tão forte que uma mera saída de vista por um segundo fará o bebê se debulhar em lágrimas. A criança ainda não entende que você vai e volta. E não pense que sair de fininho ao deixar seu filho na escola ou com uma babá vai ajudar. Na verdade, isso pode assustar o bebê ainda mais. Por mais duro que seja, na hora de ir embora, se despeça cara a cara.

Hoje é dia de.......



Caipirinhas!!!!! Yeeeiiihhh!!!

É verdade! Agora que oficialmente já não dou de mamar por decreto-lei ginecológico saído mais ou menos há uma semana (snif snif...), há que aproveitar as liberdades que esse facto pode trazer de volta (ai desculpem, não é facto, é fato, mas fato também se pode confundir com fato de fato e gravata, ai que confusão que isto agora ficou com o novo acordo!) à vida de uma primípara!

Quando considerava que poderia estar quase a deixar de amamentar (o que aconteceu praticamente durante todos estes sete meses, pois nunca tinha confiado muito na minha capacidade leiteira, atento o tamanho modesto- preppy, portanto- do meu peito- li noutro dia que o peito pequeno é preppy, já me serviu de consolo, pronto...- mas depois ele lá ia durando, e durava...), pensava por um lado na tristeza e nostalgia que isso me traria, mas também no que poderia finalmente começar a fazer...

Entre a liberdade de poder alguém alimentá-la por mim, nomeadamente à noite, poder fazer nuances, ou eventualmente um alisamento, poder beber café,  por acaso nunca me passou muito pela cabeça poder beber! Não é para me fazer de certinha, mas efectivamente sou mais moça de comer do que de beber. E como nunca me privei de comer nada por causa da amamentação, como desde que regressei ao trabalho comecei a tomar café e a deliberar volta e meia a responsabilidade da alimentação nocturna no pai, como pude fazer nuances porque a pediatra me explicou que era perigoso na gravidez mas não agora, no fundo não senti que adquiri liberdades novas quando o decreto saiu.

Mas, uma vez que hoje vamos dar por cá uma almoçarada de moqueca de camarão (mham!! Este foi um dos "desejos" de gravidez que tive!!) com sabor a Brasil, nada melhor do que umas caipirinhas a acompanhar! Ainda por cima com este sol espectacular, podemos sempre fingir que estamos no Verão, ou que estamos mesmo no Brasil!

Ups! Lembrei-me agora que uma das minhas amigas que vem ao almoço também está a amamentar... por isso não vai poder beber... coitadinha, ela gosta tanto... vamos ter que lhe fazer uma caipirágua... e se calhar eu faço-lhe companhia.. pois tenho a sensação que se me passar uma gotinha de cachaça pelo estreito começo logo a olhar para a Luazinha e a pensar que afinal tive gémeas!!!!

Bem, ouço o Sunshine a trabalhar árdua e freneticamente na cozinha, e talvez fosse aconselhável levantar o rabo do sofá e ir começando a pensar em fazer a maravilhosa moqueca que vamos degustar!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Surpresas

Mais uma semana acaba...

Correm agora as semanas, umas atrás das outras, só de pensar que já estou a trabalhar há praticamente tanto tempo como o que estive de licença em casa, fico completamente estupefacta! Porque parece que a unidade de tempo só pode ser diferente para ser o mesmo tempo!

Quando estive em casa o tempo passava muito mais devagar, acima de tudo porque também vivemos mais horas do dia (=estamos muito tempo acordadas assim pela madrugada inteira, enquanto o mundo dorme... é uma sensação muito estranha, perguntava-me a mim própria se outras mães estariam naquele preciso momento a amamentar as suas crias, se estavam a olhar para os maridos a dormir descansadinhos com ganas de os abanar, e enviava para o universo energias de solidariedade para com todas as que estivessem naquele momento na mesma situação). E as horas são assim elásticas, estiiiiicam-se, porque o tempo tem que ser suave, calmo, porque os ritmos e os horários deixam de existir, ou passa a existir apenas aquele que o bébé dita.

Os primeiros tempos não foram fáceis. Nunca tinha tido qualquer bébé a meu cargo, a primeira fralda que mudei foi à da minha filha, mas estranhamente nem era que tivesse dúvidas ou inseguranças, ou que ficasse aflita sem saber o que lhe fazer. Aflição não é bem o termo. Acho que algo se desenvolve em nós durante a gravidez e atinge o seu auge quando os vemos cá fora, talvez o chamado instinto maternal, que é como se o nosso bébé, que não é igual a mais nenhum outro, viesse com um manual de instruções especialmente para nós. Mas claro que nos primeiros tempos ainda temos muito que ler nos sinais deles, ainda temos muito que afinar na nossa comunicação, e o cansaço acumulado, os desconfortos do pós parto, a sensação de que deixamos de existir, de que somos apenas fábrica de leite, assistente a todo o tempo e serviço, toldam-nos o raciocínio.

A Luazinha não dormia nada de dia, nos primeiros meses. As pessoas perguntam muito pelas noites, mas esquecem a parte dos dias. De noite não era má de todo, mas também não era nenhuma pêra doce, acordava uma ou duas vezes, e demorava uma hora a comer e outra a adormecer, lá andava eu por toda a casa, de um lado para o outro, passo à frente, passo atrás, até ela ir fechando os olhinhos, e lá voltávamos a pegar no sono. Depois durante o dia só chorava, chorava, nunca gostou muito de estar na espreguiçadeira, exigia colo a todo o tempo, eu nem conseguia comer, nem tomar banho, nem lavar os dentes, eu vivia exlcusivamente com ela ao colo, ou então tentava pô-la na espreguiçadeira e distraí-la, dançava e cantava para ela, mas enfim, depois de uma hora a cantar os passarinhos a bailar, começava a faltar-me a energia. Olhava para mim ao espelho, de cabelo desgrenhado, olheiras até ao fundo do crânio, roupão invernoso e só desejava poder tomar um banho que pudesse demorar mais de cinco minutos, poder vestir-me, poder sentar-me a comer, enfim, coisas básicas!! Dava por mim secretamente a contar os dias que faltavam para ir trabalhar, tinha inveja do Sunshine quando ele saía para ir trabalhar, depois de uma noite descansadinha, fresquinho que nem uma alface, para um dia sem choros, sem fraldas, com adultos a falar como tal. Tinha saudades dessa rotina, de ter motivo para me vestir, para me arranjar.

Depois fui estreitando o meu laço com ela, fui começando a percebê-la melhor, e a perceber que por vezes o seu choro constante e o facto de não dormir era exactamente porque tinha sono e precisava de dormir!! E lá íamos as duas para o quartinho, sentava-me com ela ao colo, olhava para ela a acalmar, tão linda, tão perfeita, pensava na pessoa que ela vai ser, no que desejo e espero para ela, tentava assegurar-lhe que a protegeria de todos os males, e ela lá caía no soninho.

A partir aí dos 3 meses começou a ser uma dorminhoca! Dormia umas sete horas de noite (nem sempre, mas acontecia), acordava, brincávamos um bocado, ou saíamos, dormia umas quatro horas, mais um bocado de colo e brincadeira, almoçava e um sono longo novamente, aí comecei a sentir-me tão afeiçoada a ela, ao nosso ritmo, que me angustiava pensar na nossa separação, e, muito embora se mantivessem as saudades da rotina e de ir para o trabalho, via-a tão bébézinha, tão pequenina, apertava-se-me o coração só de pensar que ia estar sem ela durante o dia!...

E pronto, no fim de contas, lá se passaram os quatro meses de licença e lá regressei ao trabalho!

E agora já se passaram mais outros tantos!

E ontem surpreendeu-me, fez-me sentir aquelas ondas de felicidade que de vez em quando nos assorbabam, uma felicidade avassaladora, estávamos a dar-lhe o jantar e eu estava a contar que ela se tinha engasgado, e para exemplificar fi-lo de forma exagerada e apalhaçada, agarrada ao pescoço como se estivesse a sufocar (fazia eu este teatrinho para o Sunshine), e ela desata a rir à gargalhada, mas umas gargalhadas de gozo, irónicas, parecia ela que percebia já o que é o humor, que percebia que a mãe estava a ser gozona, a fazer palhaçadas! Senti-me tão feliz, tão realizada! É inexplicável a sensação de orgulho, prazer, que nos dá quando eles dão mais um passinho!

Na terça feira temos pediatra! Vamos lá a ver os progressos!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Mais uns exemplos




As rendas e as franjas...

Headbands...

Tons nude...

Resoluções de Primavera

Pronto, com o post anterior fiquei motivada!

Hoje já mudei um pouco o look para algo mais primaveril, pois fui corrigir as minhas nuances que estavam algo acobreadas para qualquer coisa mais aloirada, que sempre aligeira mais o semblante.

E apresto-me ainda a:

- ir mais ao ginásio;
- comer melhor, voltar àquelas saladinhas pseudo gourmet que gosto de inventar (ainda agora fiz uma com rúcula, queijo fresco, nozes, milho e tomate, regada com um fiozinho de azeite e um travo de mel), se fosse num restaurante fino e fashion chamar-se-ia: "Bouquet de sabores em cama verde de folhas e essências" ou algo que o valha;
- gerir o guarda roupa e pensar nos looks que quero construir e rentabilizar toda a roupa ao invés de me sentir tentada a comprar e comprar;

Pronto, por enquanto é tudo.

Relembro que a Primavera é só a partir de 21 de Março! Eehehehehe! Mas já tenho conseguido ir ao ginásio uma vez por semana!! Yyeeeeeiihh! Já não é mau! Em princípio amanhã lá vou eu saltar para o trampolim numa aulinha de Power Jump!

Coisas Giras para a Primavera-Verão 2012


Muita cor, flores, mas agora não com padrões naturais e dispersos mas com padrões futuristas, perfeitamente simétricos, o turquesa muito em voga, e os tons pastel, nude, neutros, whatever se lhe queira chamar, que no fundo nunca sai de moda.

Mais tendências:
- Rendas- continuam em grande, cada vez mais estruturadas;
- Franjas- a fazer lembrar um pouco os anos 20;
- "Head bands" também numa clara alusão aos anos 20, mais sofisticadas e trabalhadas ou apenas o simples fio de couro na testa, esse mais a lembrar os anos 70 e o movimento hippie (já se usava no ano passado, continua este ano);
- Pantalonas;
- As skinny podem continuar a ser usadas, mas, para um toque mais fashion, com uma pequena dobra para que fiquem ligeiramente acima da canela;
- Saias maxi e midi;
- Color block- continua a moda das cores fortes em bloco, já vinda do ano passado.


Aaaai, só de ver estas cores, estes tecidos fluidos e leves, dá umas saudades do Verão, da praia, daquele ar salino com que ficamos depois de um dia de banhos e sol, de nadar no mar!...

E já tenho saudades também destas cores, da leveza da roupa do Verão, sem camisolas interiores, collants, camisas, casacos e sobretudos que tornam tudo tão pesado!

Mas está quase quase! ;-)

domingo, 15 de janeiro de 2012

A Magia da Amamentação

Na quinta feira passada fui à GO (para quem não sabe- Ginecologista Obstreta- vou tentar começar a escrever de acordo com a "ortografia do século XXI"...), e entre outros detalhes da consulta que por motivos óbvios não vale a pena narrar, conversámos sobre a amamentação. Mais precisamente, eu expus-lhe as minhas angústias: o facto de ainda ter leite mas, de há umas duas semanas para cá, a Luazinha não querer saber dele para nada... Snif..

Quero dizer, isto é um ciclo vicioso. Por um lado, ao contrário do que eu pensava, uma vez que não sou muito abonada e uma pessoa associa sempre uma mãe "leiteira" assim a um grande par de seios fartos com ar de poder conter lá dentro no mínimo 1 litro cada um, e ainda porque no início, essa época distante que a Luazinha era uma bébé com "dificuldades em aumentar o peso" (isto só no centro de saúde, porque na pediatra que a segue, por sinal também foi a minha, estava tudo bem e no S. Francisco Xavier onde tive que ir uma vez com ela à urgência também... enfim... critérios diferentes, abordagens diferentes sobretudo...), motivo pelo qual, ao seu 10º dia, começou a também a beber suplemento.

Quando vi o amor dela ao biberão, pensei que em breve teria que arrumar os meus próprios biberãozinhos, pois no curso de preparação para o parto levámos uma enooooorme lavagem cerebral para nunca desistir de dar de mamar, e para não "cedermos" ao demoníaco biberão, por muito fácil e tentador que parecesse, porque depois eles habituam-se às facilidades e nada de quererem a mama. Pois bem, a minha querida filha nunca perdeu o amor à mama da mãe, mesmo de tamanho modesto (muito embora nunca as tenha visto tão compostas como nesta altura) ela sempre gostou muito de mamar, claro que também não dizia que não a um biberão bem aviado, mas enfim, ela tem a quem sair, pois se a mãe é capaz de jantar em casa e voltar a jantar fora com uns amigos se fôr preciso, ela também foi capaz de beber as quantidades de leite que nem vou aqui quantificar...

Depois houve muitas fases de preserverança e persistência, desde o início horrível em que os mamilos pareciam querer descarnar até à fase em que finalmente adquirem uma pele de crocodilo insensível às gengivas mais agrestes, passando por fases em que de facto ela parecia pegar e largar a mama, como se ainda avaliasse se lhe apetecia aquilo ou não, e claro que a minha vontade era dar-lhe o biberão e pronto, sobretudo de madrugada, ali com um olho fechado e outro aberto, madrugada após madrugada, porque preferia que ela bebesse pelo menos em primeiro lugar do meu leite, cheio de "bichinhos bons" para a protegerem. Mas nunca desisti. Nem que ela pegasse e largasse vinte vezes, sempre havia de beber alguma coisa, e depois essa fase passava e lá vinha outra de alegre sinergia entre ela e as mamas novamente. E assim se passaram os 2 meses, 3 (que era mais ou menos o que eu pensava que conseguiria...), 4.. aos 4 voltei ao trabalho, pensei que aí é que fosse acabar, sobretudo porque não "aproveito" o horário reduzido para o efeito, mas lá dava de manhã, quando chegava, à noite, e por vezes de madrugada, lá se ia mantendo a produção, apesar de ter logo sentido que nos primeiros dias saía do trabalho com dores e a sensação que tinha dois balões que iam rebentar, e depois essa sensação foi atenuando... o corpo humano é incrivelmente inteligente, aliás, a natureza no geral... o cérebro começou a perceber que as necessidades agora era menores, portanto, baixou a produção.

Aí começam as sensações de culpa típicas de mãe... se ficava a trabalhar, sentia-me culpada porque não estava com ela, porque já não ia mamar daquela vez... Mas quando saía sentia-me culpada porque ainda tinha trabalho para fazer... enfim, mas já percebi que esse dilema acompanha uma mãe para a vida, não se relacionando só directamente com a amamentação..

E os meses passaram, 5, 6... e ela lá ia, ainda assim, continuando a mamar..

Mas claro que, com a introdução logo aos 4 meses das sopas e fruta, e aos 6 também ao jantar, reduziu o número de vezes em que era necessário ela mamar...

Agora aos 7 começou a rejeitar... snif.. snif.. é um quadro tão triste, ver a nossa bébé, aquela que poucas horas depois do nascimento já estava a abocanhar com sofreguidão o nosso seio, aquela que no início até temíamos quando se aproximava para mamar porque já sabíamos o quanto ia doer, aquela com quem depois e durante meses estabelecemos aquela ligação que só as mães conseguem, a troca de olhares, a forma como comunicamos e estreitamos o nosso laço enquanto decorre aquele momento, essa mesmo, a afastar-se do peito e a chorar, como quem diz: opá... isso nãããão!!!...

E pronto, agora, aos 7 meses e meio, a GO sentencia: Acabou! Se ela não quer faz ela bem! A mama já fez o seu papel!
Depois de tantas lavagens cerebrais que levamos no início para não desistir, agora parece que é o contrário, que o universo nos grita para desistirmos, porque agora já não é preciso...
É  o curso natural da vida... eles crescem e autonomizam-se... e ainda bem... mas.... não deixa de dar uma certa nostalgia...

É como se, durante o tempo em que eles dependem totalmente de nós, por vezes nos sintamos sufocadas, a precisar de tempo para nós, sem bébé e dependência por perto (mais no início dos inícios), mas depois à medida que eles se desvinculam aos poucos, e nos deixam esse espaço para voltarmos a respirar, também sentimos essa falta, essa nostalgia.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Era aqui que me apetecia estar....

Sobre a campanha da Triumph...


Depois da polémica que pairou por esta blogosfera fora sobre a campanha "famélica" da Triumph, esta, quiçá atenta às ondas fervorosas de opinião que a última campanha gerou, em que foi acusada de promover modelos esqueléticos como ideais de mulher, quase de incentivar à anorexia, etc, etc, abre assim as portas a todas as mulheres que afinal são as "normais", por oposição às supostas "anormais" da anterior campanha, e que podem deste modo ser a próxima musa da Triumph!
Serenem-se, assim, os ânimos, e aplaquem as vossas forças contra a Triumph quem nem tinha ideia do mal à sociedade que estava a fazer quando pensou em tal campanha, tão diferente de qualquer outra de lingerie até à data vista (????).

Bem, vou só esclarecer de que lado alinho nesta questão.

Como já referi no post anterior, tenho moral para falar, pois já fui gorda, já fui magra demais, já andei no centro, e posso dizer que há bastante crueldade para os dois lados, não só para as gordas, porque há, e desde a tenra infância porque as criancinhas ainda não conhecem uma coisa chamada censura social, como também para as "magras demais", essas tábuas de engomar, paus de virar tripas, esqueletos ambulantes, com ar de tuberculosas, do Biafra, da Somália, enfim, acreditem, há uma panóplia tão vasta para ofender as magras como para as gordas.

Mas na verdade quando tive nessa fase de extrema magreza, de facto não tinha curvas, rabo, pernas sempre tinha e sempre hei-de ter, peito, and so on, e era frustrante estar magra e não ser propriamente uma modelo, porque não era de todo!

Mas.. estas meninas?? Falta-lhes curvas?? Não têm cintura, anca, peito?? Estas meninas não são modelos como tantos outros, magras, sim, não têm ali banhas penduradas, de facto, e no meu entender, se fosse homem, apreciaria um pouco mais de definição e algum tónus muscular, mas daí a dizer que as moças são desprovidas de formas... vai um bocadinho.

Podem não ser lindíssimas de cara (a Luísa Beirão até tem a sua piada), mas dizer que não são bem feitas também acho um bocadinho demais... em especial com tanto ódio e fel como já vi por essa blogosfera fora fazer...

Por descargo de consciência, perguntei ao meu marido, exercício que decerto muitas mulheres fizeram, qual era a sua opinião, e ele, que até pensei que se fosse armar em esquisito só para não ferir as minhas evetuais susceptibilidades, disse imediatamente que as raparigas são bem jeitosas e que quem diz o contrário tem inveja! lol

Não quero desiludir ninguém, mas, na realidade, os homens não preferem ancas largas e rabos fartos e peitos cheios, as tais mulheres normais, não, preferem mulheres elegantes, secas, com formas mas apenas as supostas. Obviamente, como li num comentário feito por um homem, amarão as suas mulheres com as formas que elas têm, tal como nós amamos os nossos homens com as formas que eles têm, mas não deixam de ter um ideal que seguramente passa pelas meninas desta campanha... tal como nós também achamos piada a homens esculturais de abdominais definidos tipo tartaruga, daqueles com gotas de água a escorrer pelo corpo  do género publicidade de perfumes e na vida real certamente nunca teríamos paciência para aturar um homem todo escultural e que pudesse ser chato, mal educado, arrogante, burro, não ter sentido de humor, etc! Ou seja o que nos faz amar alguém é uma coisa, o nosso ideal inspirador é outra, têm a mesma base mas desembocam em portos diferentes.

O objectivo de uma campanha publicitária é fazer-nos sonhar, idealizar, é, neste caso, atingir as mulheres, que desejam parecer assim na lingerie que vestem, e os homens, que desejam mulheres assim. Sinceramente, pareceu-me tão bem ou tão mal conseguida como qualquer outra do género, da Triumph ou afins.

Esta é a minha opinião, o que vos parece?

Ser uma lontra- sim ou não? Eis a questão!

Pois bem, a lontrice está instalada e veio para ficar, é oficial.

Há uns anos atrás, quando era uma jovem solteira a residir num simpático T2 tendo o meu
gato lunar, que o vento levou, como única companhia, frequentava o ginásio com tanta gana,
fervor, assiduidade, que certamente dei prejuízo aos senhores. Aquilo é que foram tempos!

Depois de uma vida de efeitos iô-iô, ora emagrece, ora engorda, ora é gorda, ora já é magra
demais, ora é normal e pensa que está gorda, ora pensa que está normal mas devia ser mais
magra, chegou o ano de 2007, o ano da minha emancipação (pois deixei finalmente o lar
paterno/materno para viver no supra referido T2, que me esperava já há 2 aninhos.... sim...
tive dificuldades em cortar com o cordão umbilical, ok??), e inscrevi-me num templo dourado
com gurus do exercício fisico!

E lá ia eu, todo o santo dia, devia dar-me ao luxo de folgar um diazinho da semana (quando
era) e treinava intensamente, desde as aulas fervorosas e histéricas do RPM que me faziam
sentir uma guerreira amazona triunfante e vencedora (se bem feito com carga de jeito,
acho que não há actividade física que bata esta), às do body pump para definir os músculos
e “fabricar” massa muscular, também fazia muita musculação com cargas jeitosas, e de
vez em quando lá ia também a um body attack ou power jump, algo mais “levezinho”. Em
média 1 hora e meia por dia, sendo certo que muitas vezes eram 2 horas de treino. Assim,
por exemplo, uma hora de RPM e logo a seguir outra de Body Pump... ui!, as perninhas até
tremiam nos agachamentos com 22 kg na barra depois de uma hora de RPM bem puxada.
Tempos de sacrifício, minha gente, mas também tempos de glória! Porque além de pesar
menos 10 kg, a minha constituição passou de pêra, a pêra rocha, e depois chegou quase quase
a ser uma ampulheta rocha (pronto, digo quase porque há coisas que a genética tem que ser
amiga, e não se resolvem com ginásio e acho que nem com bisturi), estava finalmente magra
mas sem qualquer tipo de flacidez, não havia um grãozinho de celulite, tinha liberdade para
correr na praia sem preocupações, não se viam ossos nem banhas! Lol

A minha mãe costumava dizer-me que só podia dar-me ao luxo de treinar daquela maneira (os
próprios professores diziam-me que eu passava lá mais tempo do que eles próprios... ) porque
não tinha mais responsabilidades na vida a não ser o trabalhinho, e de facto, nessa época, nem
namorados, quanto mais maridos ou prole! Pois que a minha mãe tinha toda a razão!

Quando me juntei com o meu actual marido, como mudei para Lisboa, tive que cancelar a
inscrição nesse templo dourado e entrar numa famosa cadeia multinacional. E aí começa o
princípio do fim!

Desanimada porque já não tinha os mesmos professores, os mesmos colegas, etc, começo a ir
menos...

Quando casámos e engravidei logo, passo a ir ainda menos...

Como enjoei que me fartei no primeiro trimestre e perdi 8 kgs mas mesmo porque comia uma
canjinha e uma papinha e já era com esforço, pelo que nem tinha forças para me levantar do
sofá ou segurar uma gata, mesmo que recém nascida, pelo rabo, deixei definitivamente de ir...

Depois no segundo trimestre lá fui àquelas aulas assim mais para os velhotes, umas 8 vezes,
vá...

Depois do parto, devo ter ido... outras tantas, ou nem isso...

Desculpas? A falta de tempo, ah e tal, ou estou cansada, não dormi bem, ou porque depois
saio do trabalho tenho que estar com a Luazinha, ou se fico é porque tenho que trabalhar,
à hora de almoço não dá jeito tenho que ir a correr e depois lavar o cabelo demora muito
e isto e aquilo e o outro... e vai de enfardar chocolatangas como se não houvesse amanhã,
assim mesmo à noitinha, quase já com o pézinho na cama, para ficar ali a dormir e a medrar
ao mesmo tempo, e acordar todos os dias com mais uns kgs, vai de comer papinhas cérelac
porque “não estou com muita fome para jantar”, vai de me queixar que preciso de roupa
porque não me serve nada na barriga e que deve ser ainda da gravidez (deve...).

Por isso, como não vejo luz no fundo do túnel, pergunto-me... será que vou deixar de ser
uma lontra?? Será possível conciliar maternidade, casa, trabalho, e ainda ter tempo, energia
e disponibilidade para malhar no ginásio?? Sim, porque uma coisa é verdade, eu quando
vou malho com tal intensidade (com as cargas que colocava quando ia todos os dias, por
exemplo...), que fico sem me mexer uma semana, isso também tem impedido um percurso de
continuidade.

Mães de Portugal, se me estão a ouvir, digam-me, é possível conciliar isto tudo? Ou é um mito
urbano??

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Arranca mais uma semana....

O fim de semana foi daqueles que por acaso rendeu. Parece que esticou e deu para fazer muita coisa! No sábado apeteceu-nos ir a um italiano, assim de preferência uma esplanada ao sol, mas com a Luazinha a recuperar achámos melhor não arriscar.

Mas nada nos demovia de enfardar uma bela pizza e aproveitar os raios de sol fantástico (estamos mesmo no mês de Janeiro??) que se faziam sentir! Então o que resolvemos?? Lá foi o Sunshine buscar duas pizzas (sim, somos indivíduos de muito alimento, nada de meia pizza a cada um, que quem não é para comer também não é para trabalhar) (depois queixo-me) (mas sobre isso falaremos num post mais à frente...) e pusémos a mesa na nossa varanda ESPECTACULAR que tanto aproveitávamos quando éramos só os dois (os pequenos almoços naquela varanda cheiram a resort, a férias, a lua de mel, a descanso, enfim, só a coisas boas)!

Depois do almoço, fomos feitos lagartos para as espreguiçadeiras e ficámos ali a ronhar, a pôr as leituras fúteis e não tanto em dia, simplesmente a usufruir e disfrutar! Fez-me lembrar os tempos em que íamos para esplanadas depois de acordarmos às tantas, quando podíamos... ou até os tempos de solteira, em que ia ao ginásio de manhã, almoçava e ia com um livro para uma esplanada ao pé do mar, ou com os amigos do costume. Tive saudades do cheiro do mar, do ar da praia, da languidez de uma tarde passada a mastigar o tempo e a sentir o cansaço saudável de quem treinou intensamente umas horas antes.

Mas logo logo estamos no Verão, e este ano é que vai ser aproveitar! E se Deus quiser a Luazinha há-de adorar tanto a praia como os pais!

No domingo deu para fazer as sopinhas, fomos a uma festa de anos (surpresa, por sinal), e ainda cozinhei um jantar saudável que deu para a marmita de hoje! lol

A Luazinha felizmente recuperou os sonos, já não tem febre, anda bem disposta, enfim, o bicho ruim foi embora!

E pronto, hoje arrancou mais uma semana, voltou a rotina!

sábado, 7 de janeiro de 2012

MINHA PRENDA DE NATAL....



Não é LINDA, LINDA, LINDA??? O Pai Natal fez-me a vontadinha! Eu portei-me bem em 2011, contribui para a NATALidade e tudo!

ANGINAS DA MINHA BÉBÉ

Esta foi uma autêntica semana de cão... aliás, acho que até um cão, mesmo daqueles vira latas que vivem ao relento, soma certamente mais horas de sono do que eu esta semana somei.

Tudo começou há cerca de duas semanas, quando eu, regressada de uma semana de "férias" (penso que agora este conceito tem sempre que levar as aspas mesmo...) (bem, mas uma semana ainda deu para: um almoço numa esplanada a três, um cineminha a dois, uma ida ao ginásio a uma, e deu para fazer compras, doces de Natal, sopas, infinitas máquinas de roupa, enfim, o tempo até rendeu!), assobarbada do trabalho que ficou à minha espera e por novas responsabilidades com que fui "empossada", chego a casa com 38º de febre! Assim, logo para a rentrée! Umas dores de corpo e de garganta horríveis!

À revelia da Saúde 24, que me mandou dirigir a um centro de saúde no dia seguinte, enfiei foi dois ben-u-rons no bucho a ver se a febre descia e se me punha em condições de trabalhar, e lá vou eu no dia seguinte.

Escusado será dizer que, por muito que tivesse metido na cabeça que não ia dar beijinhos à minha filha enquanto o bicho vivesse dentro de mim, a verdade é que, como que hipnotizada por aquele cheiro a bébézinha inconfundível, quando me dava conta e o cérebro processava informações, acordada do transe do cheiro a bébé, já a minha boca sentia cabelinhos de bébé, pois, já era eu a dar-lhe beijinhos na cabeça! Portanto já devia ter lambuçado a cara toda com beijos bacterianos!

Bem, essa semana seguiu, com muito trabalho, e culminou na passagem de ano que já contei como foi...

Conclusão, segunda feira estava a Luazinha com febre!

Eu claro que quis logo ir a correr à pediatra, que por acaso também foi a minha, mas a minha mãe acalmou-me os ânimos e lá me segurei, podiam ser só os dentes, que pelo que percebi, têm umas costas bastante largas, coitados.

No dia seguinte a febre não a deixava e lá fomos nós- diagnóstico: anginas! "Foste tu que lhe pegaste!!"- disse-me logo a pediatra, pois não é comum em bébés desta idade. Snif, snif, ok, também não é preciso bater no ceguinho...

E pronto, seguiu-se uma semana de angústia, ela chegou aos 40.1º de febre, as lágrimas até me vieram aos olhos, que sensação de impotência, as noites passadas quase em claro, a consolar o choro, a meter ben-u-ron se já pudesse ou brufene se ainda não pudesse ser o ben-u-ron (não sou muito apologista de medicamentos, mas convenhamos que febres a 40.1º parece-me que não ia lá com paninhos de água fria...), a mudar fraldas como nos primeiros meses (acho que o antibiótico desregulou os intestinos...).

Mas felizmente ela foi ficando melhor, ainda não está totalmente curada, mas já voltou às suas gargalhadas, aos olhos de estrela que riem só por si, já largou aquela carinha de mete-nojo com que andava, já está toda espevitada! Agora anda a meter os sonos em dia, os papás também gostavam muito de fazer o mesmo!... Ai que saudades de dorrrrmiiiiiirrrrrrrrrrrrr até à exaustão.... aquele dormir mesmo garganeiro, sabem? De já termos dormido a noite inteira, a manhã inteira e ainda dar mais uma voltinha na cama para queimar o último cartuxo! lol

Mas como dizia hoje a uma amiga minha que foi mãe de um pequenino há 6 semanas, este é o mistério inexplicável da maternidade, depois de tudo o que passamos, com parto, dores e desconfortos do pós, noites mal dormidas, mamilos descarnados, a perda da liberdade anterior, etc, etc, sentimo-nos FELIZES por sermos mães, uma sensação indescritível de plenitude, de realização! Uma onda de felicidade que nos invade o peito quando ouvimos balbuciar: Mamã...... :-)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

WISHLIST......


Eu sei que o Natal já passou, mas vou já pedindo de antecedência ao Pai Natal para o próximo...

FESTIVIDADES

Pois é, mais um Natal se passou, mais um Ano chegou,  desta vez tudo muito diferente porque existe UM NOVO ELEMENTO NA FAMÍLIA! J

O Natal correu muito bem, melhor do que estava à espera, a Luazinha dormiu que se fartou de tarde, quase que estava a família toda à espera para se atirar ao bacalhau e ela a dormir, conclusão, eram onze horas e ainda andava por ali, quando em dias normais às nove da noite a maioria das vezes já está no primeiro soninho.

Portanto, não assistiu à chegada do Pai Natal, mas também ainda é cedo para ela, para o ano já percebe melhor! Mas ainda assim no dia 25 eu e o pai estivémos a abrir com ela as prendas que lhe tinham dado, e os olhinhos dela até brilhavam, a ver tanta cor, música, sons de bichinhos (ai meu Deus, a minha casa vai tornar-se num ambiente muito mais poluído de som a breve trecho...), brinquedos com umas etiquetazinhas que ela adora meter na boca e morder (ainda só com as gengivas) como se não houvesse amanhã!

Depois na Passagem de Ano sinceramente só me apetecia era sopas, descanso e ver a Casa dos Segredos! Ai, o que eu gostava de ver a casa dos Segredos! Sim, eu sei, eles são burros, armários, elas igualmente burras, oferecidas e não sei quê, que ofende a inteligência e blá, blá, blá, mas é exactamente aí que reside a sua piada, é que é tão parvo, tão parvo, que se torna viciante!! E depois há aquela coisa voyeurista que todos temos, de gostarmos de estar ali de olho em cima das conversas amorosas daqueles pseudo casalinhos, observar aqueles comportamentos como se estivéssemos a ver um episódio do National Geographic (agora lembrei-me do Herman a gozar com o David Attenbourgh LOL, com sotaque brasileiro, a dizer: O jôrnálisssta! O funcionário públicô! Lol)! E é impressão minha, ou esta geração de fêmeas é totalmente desprovida de auto estima e ... decoro?? Bem, não vamos aqui inventar falsos pudores, que nunca fui de falsos moralismos, mas, Fanny atrás de João M, Cátia atrás de Marco, agarram-se a eles como se não houvesse amanhã, como se fossem a última coca cola do deserto, mesmo que vejam que são maltratadas, humilhadas, gozadas, lá estão elas sempre a colar, à espera de uma migalhinha deles!!! Será geracional?? Existirão assim tão poucos homens para agarrarem assim o que lhes aparece??

Obviamente também já tive paixões não correspondidas, todos tivémos, mas nunca andei a colar-me literalmente às pessoas, sempre percebi quando o ente desejado não queria nada comigo (se calhar às vezes até queriam, que eu também nunca fui muito de me dar à morte, para grande desespero de alguns amigos meus, que me aturavam meses a fio a falar do mesmo tipo sem dar um passinho que fosse para “estreitar a nossa distância”), e sobretudo nunca encaixei muito bem ser gozada, ou criticada, mesmo que gostasse muito deles. Aquelas meninas parece que nunca tiveram amor para precisarem de mendigar assim um bocadinho. Enfim. Espero eu não ver a minha filha naquelas figuras (escrevo esta frase sem imaginar minimamente a minha filha sem ser a bébé que é actualmente e portanto obviamente sem preocupações com paixões não correspondidas. Até à data, penso que toda a gente lhe corresponde! J ).

Bem, mas continuando, que eu com a Casa dos Segredos até me perco! Então queria eu finalmente a passagem de ano de sossego familiar que nunca tive (só quando ainda era eu uma petiz, e aí não me apetecia aquilo, não tinha era outro remédio), eis que o meu irmão me convida para ir lá a casa.

Ora, o meu coração de mãe, mas sobretudo o meu lombinho cansado, pediam para não ir, para ficar em casa, aconchegadinha, com o marido e a filha, mas sabia que o meu irmão ficava triste e lá aceitei. Lá fizémos um leite creme e tal, e lá fomos. Quando me deparo com um festival de cerca de 30 pessoas (??), um bando de crianças gritantes (sim, não é que a minha não grite, mas ainda não brinca com os outros gritantes), e música em volumes incompatíveis com sonos de bébé. Em suma, às dez da noite saímos de rabinho entre as pernas, a Luazinha não conseguiu dormir, e lá fomos para casa deitar a miúda no seu ambiente, sossegadinha.
Devo dizer que, para mim, bébés são bébés. Digam o que disserem, não sou nada do team do “levo-os para todo o lado, faço tudo com eles, eles têm que se adaptar aos adultos”. Não concordo. São eles que têm especiais necessidades de sono, de alimentação, de higiene, são eles que são totalmente dependentes de nós, e que estão cá por escolha nossa, portanto, a vida tem que mudar sim, por eles, para o bem estar deles. Quem não está preparado para a mudança, mais vale não os mandar vir. Bébés precisam de dormir, de ter sossego para isso, não é dormir no café ou no restaurante, ou horas depois do que estão habituados ou do que já mostraram que precisam. Precisam de resguardo. Claro que podem sair, claro que faz bem, mas não é obrigatório, e é preciso distinguir se são eles mesmo que precisam sair... ou nós. Muitas vezes a necessidade é nossa...

Posto isto, passei uma das mais felizes passagens de ano da minha existência (curta...) ao lado do meu marido, a jantar comidas trazidas da festa, a ver a gala final da Casa dos Segredos, e com a minha bébézinha a dormir descansadinha na sua cama. Passei como queria. E para 2012, muita saúde, muito amor, muita alegria, muito sucesso, pouca crise que já chateia!

Para todos!