sábado, 7 de janeiro de 2012

ANGINAS DA MINHA BÉBÉ

Esta foi uma autêntica semana de cão... aliás, acho que até um cão, mesmo daqueles vira latas que vivem ao relento, soma certamente mais horas de sono do que eu esta semana somei.

Tudo começou há cerca de duas semanas, quando eu, regressada de uma semana de "férias" (penso que agora este conceito tem sempre que levar as aspas mesmo...) (bem, mas uma semana ainda deu para: um almoço numa esplanada a três, um cineminha a dois, uma ida ao ginásio a uma, e deu para fazer compras, doces de Natal, sopas, infinitas máquinas de roupa, enfim, o tempo até rendeu!), assobarbada do trabalho que ficou à minha espera e por novas responsabilidades com que fui "empossada", chego a casa com 38º de febre! Assim, logo para a rentrée! Umas dores de corpo e de garganta horríveis!

À revelia da Saúde 24, que me mandou dirigir a um centro de saúde no dia seguinte, enfiei foi dois ben-u-rons no bucho a ver se a febre descia e se me punha em condições de trabalhar, e lá vou eu no dia seguinte.

Escusado será dizer que, por muito que tivesse metido na cabeça que não ia dar beijinhos à minha filha enquanto o bicho vivesse dentro de mim, a verdade é que, como que hipnotizada por aquele cheiro a bébézinha inconfundível, quando me dava conta e o cérebro processava informações, acordada do transe do cheiro a bébé, já a minha boca sentia cabelinhos de bébé, pois, já era eu a dar-lhe beijinhos na cabeça! Portanto já devia ter lambuçado a cara toda com beijos bacterianos!

Bem, essa semana seguiu, com muito trabalho, e culminou na passagem de ano que já contei como foi...

Conclusão, segunda feira estava a Luazinha com febre!

Eu claro que quis logo ir a correr à pediatra, que por acaso também foi a minha, mas a minha mãe acalmou-me os ânimos e lá me segurei, podiam ser só os dentes, que pelo que percebi, têm umas costas bastante largas, coitados.

No dia seguinte a febre não a deixava e lá fomos nós- diagnóstico: anginas! "Foste tu que lhe pegaste!!"- disse-me logo a pediatra, pois não é comum em bébés desta idade. Snif, snif, ok, também não é preciso bater no ceguinho...

E pronto, seguiu-se uma semana de angústia, ela chegou aos 40.1º de febre, as lágrimas até me vieram aos olhos, que sensação de impotência, as noites passadas quase em claro, a consolar o choro, a meter ben-u-ron se já pudesse ou brufene se ainda não pudesse ser o ben-u-ron (não sou muito apologista de medicamentos, mas convenhamos que febres a 40.1º parece-me que não ia lá com paninhos de água fria...), a mudar fraldas como nos primeiros meses (acho que o antibiótico desregulou os intestinos...).

Mas felizmente ela foi ficando melhor, ainda não está totalmente curada, mas já voltou às suas gargalhadas, aos olhos de estrela que riem só por si, já largou aquela carinha de mete-nojo com que andava, já está toda espevitada! Agora anda a meter os sonos em dia, os papás também gostavam muito de fazer o mesmo!... Ai que saudades de dorrrrmiiiiiirrrrrrrrrrrrr até à exaustão.... aquele dormir mesmo garganeiro, sabem? De já termos dormido a noite inteira, a manhã inteira e ainda dar mais uma voltinha na cama para queimar o último cartuxo! lol

Mas como dizia hoje a uma amiga minha que foi mãe de um pequenino há 6 semanas, este é o mistério inexplicável da maternidade, depois de tudo o que passamos, com parto, dores e desconfortos do pós, noites mal dormidas, mamilos descarnados, a perda da liberdade anterior, etc, etc, sentimo-nos FELIZES por sermos mães, uma sensação indescritível de plenitude, de realização! Uma onda de felicidade que nos invade o peito quando ouvimos balbuciar: Mamã...... :-)

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