domingo, 24 de novembro de 2013

Vida de mãe... de dois!

O baby S. continua lindo, fofo, cheiroso, coisa boa da sua mãe, irresistível, dorminhoco (um pouco menos, mas "still" dorminhoco), bom feitio (por enquanto), enfim, perfeito! (baba)

Não sei se isto também é por ser a segunda viagem, mas honestamente imaginava estes dias bastantes mais dantescos do que têm sido. Eu e o T. até costumávamos gozar e dizer que seria como aquela música dos nossos Guns 'n' Roses (nossos= da nossa geração... de trintões... ou quarentões... ou aí no meio...), "Wellcome to the Jungle", pois imaginávamos um a chorar para um lado, a outra a chorar para o outro, nós os dois em grande stress e aflição. Mas, graças a Deus, não tem sido, de todo, este o cenário.

É que quando foi com a baby M., a nossa inexperiência aliada ao facto dela também ser uma bébé mais "aguerrida" (chorava mais, com mais ganas e muuuuito mais tempo seguido- quase todo o que estava acordada, e dormia pior), gerava um stress que só visto! Lembro-me que no primeiro banho que lhe démos cá em casa eu e o T. suávamos em bica, com o medo de que a miúda escorregasse e caísse na banheira, ou desamparada no chão, ou desatávamos aos gritos: MAS TU AINDA NÃO PUSESTE AÍ A TOALHA?? MAS NÃO CONSEGUES VESTIR ESSE BODY À MIÚDA??- e coisas assim fofinhas, lembro-me de no final do banho me sentir tão extenuada que pensei: "Oh meu Deus, mas isto agora vai ser assim... TODOS OS DIAS??". Porque de facto tudo parecia extenuante, e tudo nos atrapalhava, uma mera mudança de fralda significava jactos de cócó por cima de nós, das paredes, da cómoda! E as noites mal dormidas pareciam deixar-me completamente exaurida, como se não fosse possível aguentar aquilo por muito mais tempo. Depois também se sente a perda da liberdade, uma certa sensação de "aprisionamento" à situação, e existem ainda uma necessidade interior de mostrarmos ao mundo que somos boas mães, o que nos leva a tomar demasiado a peito os palpites e opiniões que nos dão, o que por vezes gera angústia.

Acredito que tenha passado um bocadinho por um certo "baby blue" por essa altura, e por isso estava à espera de agora sentir algo similar.

Mas não!

Quando temos o segundo, as noites mal dormidas não são supresa, o nosso corpo já tem o registo e adapta-se novamente, e posso dizer que até me sinto com mais energia agora do que na fase final da gravidez do S..

As dúvidas são muito menores, uma vez que já passámos por tudo aquilo uma vez.

O banho é algo absolutamente banal, que dura cinco minutos, tranquilo (apesar do S. chorar, mas é normal no início), e temos dado sempre durante o dia, quando a M. está no colégio, para ficarmos mais livres para ela à noite- o que recomendo!

Os horários são um bocado "ao sabor do dia". Ou seja, no curso de preparação para o parto que fiz quando grávida da M., aconselhavam-nos a deitar os bébés por volta da meia noite, para que nós, mães, pudéssemos aproveitar aquele sono maior e dormir ao mesmo tempo que eles. O que tem toda a lógica. Mas confesso que estar "espartilhada" a esse horário por vezes era cansativo, pois podia acontecer já estarmos a morrer de sono por volta das onze, e a M. também estar em sono profundo, e à meia noite íamos acordar para o banho e às tantas eram duas da manhã e ela despertíssima e nós mortos de sono!

Agora tinha essa dúvida, como geriria a rotina dos dois, e o que tem acontecido é que, como o S. toma banho durante o dia, acaba por mamar por volta das oito, nove, e depois já não o acordo, vamos deitar-nos às onze, meia noite, rezo para que ele durma um bom bocado, e ele, como é bonzinho, costuma dormir até cerca das quatro. No entretanto, aproveitamos o serão para dar a devida assistência à M., jantar, banho, história, os 1001 rituais que tem antes de se deitar (espalhar os livros no chão, distribuir chuchas pelo burro e o panda com que dorme, arrastar uma cadeira de um lado para o outro, esconder-se atrás do cortinado, e finalmente saltar para o colo do pai), com tempo, enquanto o S. dorme (claro que nem sempre corre assim tão bem......).

O "problema" é que o S. acorda por volta das 4h e depois está ali a mamar durante uma eternidade, e depois choraminga quando volto a deitá-lo, e depois suja a fralda, e depois deve ter cólicas, e lá vai passando o tempo (apesar dele não estar sempre a chorar, chora só assim quando está mesmo com uma aflição qualquer), e quando volto a deitar-me são 6h, 6h30m, e por volta das 7h acorda a M.... Pronto, é um bocado duro, até porque este fim de semana ainda tentei voltar à sucapa para a caminha quentinha, pensando que ela ia ficar bem com o seu adorado papá, mas ela só queria brincar comigo e passámos as manhãs na brincadeira as duas, o que quer dizer que acabo por dormir pouco mais que 4 horas. Mas lá está, o corpo vai buscar força e adrenalina sabe-se lá onde, e na verdade, neste momento, tudo dorme nesta casa, menos eu!

Quanto à reacção da M. ao irmão, tem sido a melhor que podíamos esperar! Claro que ela deve ter ciúmes, e a procissão ainda vai no adro, mas, por agora, ela gosta muito do mano, cuida dele, quer pôr-lhe a chucha quando chora, quer dar-lhe leitinho, quer mudar-lhe a fralda, dá-lhe beijinhos e festinhas, vê-se que está contente com a chegada do novo elemento a casa (na verdade, ele ainda pouco interfere com a rotina dela, como já disse).

E quando a família fica assim mais completa, o dia a dia é muito mais giro, e vai ser muito mais daqui para a frente, apesar de todos os desafios que nos esperam, porque a interacção deles é muito gira de se observar, e não há quadro mais babante para uma mãe do que dois filhos embevecidos um com o outro, por isso, quando vejo a M. com o S. ao colo (calma, está seguro por nós, ela senta-se no sofá e nós pegamos nele mas pomo-lo no colo, sem nunca o largar), o meu coração de mãe transborda de babite aguda!

E é assim esta vida, inicial, de mãe de dois!

Venham os passeios ao ar livre, de bicicleta, triciclo, fins de semana no campo no meio dos bichos, férias na praia, piqueniques, idas ao cinema, tardes de domingo invernosas a fazer tardes, e tudo o que anseio fazer com eles!

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