domingo, 4 de março de 2012

A Casa na Lagoa


Atento o estado doente em que encontravam os habitantes deste lar, à excepção da habitante mais jovem que por enquanto resiste, decidimos que era dia de home cinema, ontem.

Na verdade, sempre adorámos ir ao cinema, mas as actuais condicionantes não permitem a frequência de outrora, desde que a Luazinha nasceu só fomos uma vez por altura do Natal. Mas também não é nada de inesperado ou para que não estivéssemos preparados, tempo haverá no futuro para irmos ao cinema, inclusivamente com ela ver os filmes dela (não me importo nada porque como também sou uma criança grande, vou adorar ver filmes infantis!), até lá, vamos saciando a vontade cinéfila com estas sessões caseiras.

No fim de semana passado vimos o "Apanha-me se puderes" e ontem "A Casa na Lagoa". Gostei do filme. Um filme romântico, com um argumento a meu ver não muito original (estas situações com analepses e prolepses não são novidade, até diria que são quase um clássico, como os inúmeros filmes em que o/a protagonista acordam sempre no mesmo dia, tendo a oportunidade de alterar o decorrer do destino nesse dia). A própria Sandra Bullock já havia protagonizado um filme com esse argumento, não me recordo do nome, sei que tinha que salvar o marido de um acidente que sabia que, onde e quando ia ocorrer, e ainda assim, no final acho que não conseguiu. Mas aqui essa disfunção temporal parece mais uma metáfora, no fundo o filme fala sobre a capacidade de espera daqueles que amam, se essa capacidade supera toda a prova, ou se a vida acaba por arrastar as pessoas para outros caminhos que parecem mais fáceis como quase chegou a acontecer a Kate Forrester, depois do "encontro frustrado". No filme, o amor supera o desafio da espera, e, finalmente ultrapassada a tal barreira temporal, o casal romântico fica junto e eterniza-se. Claro que essa parte da diferença temporal atenta qualquer regra de lógica, física, whatever, claro que a haver diferença temporal entre estas duas pessoas, sempre haveria, e nunca se poderiam encontrar, mas, não sejamos preciosistas. É um filmezinho que, não sendo espectacular, é bonito de se ver.

E vocês? Já o tinham visto quando andou nas salas de cinema? O que acharam?

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