quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Mais umas vacinas.... ufa!

Cada vez que vou às vacinas com o S., sinto um alívio, como se um bocadinho de peso me saísse dos ombros, ou o coração estivesse apertado e folgasse ligeiramente (que isto de se ter filhos é viver com ele assim mesmo- apertado- 365 dias do ano). Ou como se subisse mais um degrau-?- pode parecer uma metáfora estranha, mas é mesmo assim que me sinto. É semelhante à sensação que temos quando estamos grávidas e vamos à consulta, ou fazer uma ecografia, e sabemos que está tudo bem, e nós sabemos que passámos mais uma etapa, que aquele bébé já soma mais dias, depois mais meses, que está a vencer as barreiras, cada vez mais forte, viável, primeiro possível, depois provável e depois certo (dentro do que pode ser).

Neste caso não é assim exactamente a mesma coisa, pois ninguém me vai dizer nas vacinas se o S. está bem ou não, isso até é mais nas consultas, mas vão administrar-lhe uns "líquidozinhos de perlimpimpim" (não são pózinhos, mas também têm a sua magia!) para que ele fique mais forte, mais imune, e tenha defesas para enfrentar possíveis adversidades.

O facto do S. ter nascido no Inverno, termos a M. ainda pequenina e frequentadora de infantário, e andarmos todos há meses cheios de bichos com nomes da realeza bacteriana, fez com que desde cedo temesse pela sua imunidade, e andasse sempre um pouco angustiada com esse cenário todo.

Logo no primeiro mês houve a bactéria dele, depois a da M. que poderia provocar meningite, quando ele ainda não estava vacinado, depois as nossas, depois novamente a M. com gastroenterites, com suspeitas de varicela, e e o pânico era sempre também o risco do nosso pequeno buda contrair alguma dessas coisas chatas. Eu nem queria pensar nas piores consequências, mas obviamente que o medo do pior está sempre presente por muito que o queiramos enxotar, qual erva daninha do pensamento, que insiste em continuar a existir apesar de a tentarmos constantemente podar na nossa mente.

Por isso, quando fomos às vacinas dos 2 meses, já me senti bastante mais aliviada, pois já estava a tomar a vacina da doença invasiva pela "hemophylus influenza", que era a tal bactéria com cara de má que a M. tinha e mais me preocupava.

Mas agora, volvido mais um mês, de narizes pingados, tosses de meter dó, sintomas que tais, ainda me sinto mais descansada, pois o S. também já levou a vacina da doença meningocóccica (outra das minhas preocupações), e o facto é que, mesmo sendo ainda muito pequenino, 3 meses já não são semanas de vida, ou um mesinho, ou mês e pouco.

É por isso que gosto do dia das vacinas, apesar de ser horrível vê-lo chorar quando leva a "pica", e quando antes do choro me dirige aquele "olhar-beicinho" que parece querer dizer: "Como é que deixaste que me fizessem isto??", e de saber que nesse dia e nessa noite ele vai ficar incomodado, dorido, eu sei que é para o bem dele, e ser mãe também comporta isto mesmo, sabermos assistir a algum sofrimento deles quando sabemos que é para o seu bem, e resistir à tentação de os poupar.

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