Oh Christmas Tree!...

Faz parte do imaginário de todos nós o quão mágico é todo o ritual inerente à concepção da nossa árvore de Natal. É um dos momentos mais encantadores da época natalícia, um momento que encerra imensas expectativas, de um Natal que esperamos todos os anos que seja cheio de paz, amor, entre os mais queridos, e também muitos presentes e docinhos (vá lá, não sejamos hipócritas com aquele discurso do "eu nem quero receber nada"...). Quando estamos a fazer a árvore, estamos a imaginar como será o Natal desse ano, e fazemo-la com um sorriso na cara, ao som de músicas de Natal, quentinhos e confortáveis nos nossos lares.

Quando era criança, o ritual de "fazer a árvore de Natal" começava sempre no dia 8 de Dezembro. Ia com o meu pai buscar um pinheirinho a um pinhal (na altura não havia as preocupações ecológicas que há hoje, sim, eu ainda sou desse tempo...), e depois cobríamos quase totalmente a árvorezinha com bolas, fitas coloridas, sinos, anjinhos, valia tudo. As árvores dos anos 80 não obedeciam a critérios de elegância, ou de usar apenas duas ou três cores, não, era tudo o que tivéssemos, todas as cores, tamanhos e formatos!

Durante muitos anos tivémos um gato que era algo feroz, atacava a árvore, os presentes, por vezes lá iam com o papel já meio rasgado para o destinatário, mas enfim, era a nossa marca registada!

Quando passámos a ter árvore de Natal artificial, ele acalmou um pouco, e também ia ficando mais velhinho.

Quanto fui viver sozinha, comprei uma árvore mini, e fiz toda a decoração a preceito, mas também arranjei mais tarde um gatinho (que infelizmente fugiu), e houve uns dois anos que não fiz para não andar a tropeçar nas bolas da árvore a todo o minuto.

Entretanto conheci o Sunshine, que também é um nataleiro de gema! Para ele, a árvore deveria ser feita algures no mês de Setembro ou algo que o valha!! Mas enfim, fazíamos habitualmente em Novembro ou no dia 1 de Dezembro.

A nossa árvore era frondosa, toda enfeitada, as bolas mais ao jeito do século XXI, as luzinhas, o anjinho que aparecia lá de forma misteriosa (pois não éramos nós que o colocávamos, devia ser um milagre de Natal!), fazíamos a árvore ao som dos clássicos de Natal, tornou-se um ritual, também, agora na nossa família.

Mas este ano temos uma Luazinha que não pára quieta e mexe em tudo (no ano passado tinha sete meses), apesar de ainda não andar, chega a todo o lado, tira tudo do sítio, explora tudo, e achámos por bem voltar a ir buscar a minha mini árvore, e colocá-la numa consola, fora do alcance das suas mãozinhas,e  poupar assim a vida a uns quantos enfeites, bem como a saúde dela, pois já estávamos a imaginá-la a meter na boca   bocadinhos de caruma falsa, ou a partir as bolas e a magora-se com algum bocadinho, enfim, antes prevenir que remediar.

Então investimos nas decorações "gerais", luzinhas por toda a sala, enfeites em cada maçaneta, candeeiro, pequenos pormenores em qualquer cantinho, e a nossa mini árvore a salvo das mãozinhas destruidoras da Luazinha!