quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Bébé na piscina!



Eu sempre fui um animal marinho, sempre adorei água, em criança lembro-me de ficar no mar até a pele engelhar, praticamente todo o tempo que estava na praia, estava dentro de água, ou a comer (enfim, são dois dos meus grandes prazeres...).

O meu pai andava comigo, segurava-me nas mãos e eu batia as pernas, e mesmo quando era enrolada, o que sucedeu imeeeeensas vezes pois quem passa os verões de molho é normal e estatisticamente provável que assim seja, sentia sempre um estranho à vontade e nunca tive medo, nem mesmo quando era muito pequena.

Aos 6 anos, idade mínima exigível por qualquer piscina, no meu tempo, entrei para a natação, onde andei até aos 20!  Estive só um mês na zona com pé e passei logo para a “parte funda”, o que ia dando um colapso à minha mãe, que ao que agora sei até chegou a ser “expulsa” da assistência por manifestar sintomas de síncope cardíaca ao ver-me esbracejar na piscina para atingir o final.

Enquando fui crescendo notava que a maioria das pessoas perde esse fascínio pela água e o estar dentro de água. Por exemplo, na adolescência, as pessoas já não querem muito saber disso, querem é bronze e estar com os mirones ligados para as matilhas do sexo oposto, ou estar à conversa, ou a ouvir música, mas eu sempre mantive essa adoração aquática.

Motivo pelo qual fiz o curso de mergulho em 2006, e passei o ano de 2007 a mergulhar, e adoraaaaava aquela sensação de poder estar completamente submersa, lá bem nas profundezas (o meu mergulho mais fundo foi de 33 mts de profunidade), às vezes por uma hora, se o ar chegasse. É uma sensação espectacular para quem gosta de água, flora e fauna marinhos!

Bem, posto isto, sempre sonhei que a Luazinha também adorasse tanto a água como eu, e não puxasse ao pai que, apesar de também andar na natação há uns 20 anos, é capaz de estar na praia apenas a torrar e a borrifar-se perfeitamente para o facto da água estar fria ou suja (os motivos que me levam a não conseguir estar a banhos como antes, bem como a disponibilidade que quando se tem uma Luazinha por perto não é muita!), porque ele próprio não faz a menor questão de molhar sequer o pézinho!...

Mas acho que o Sunshine não estava muito para aí virado, aliás, acho mesmo que ele teve um qualquer trauma de infância com a água que deve estar recalcado nas caves da sua memória, porquanto certo dia estávamos a dar banho à Luazinha e eu tinha exagerado um pouco na quantidade de água na banheira, pelo que ela começou a tremer de medo e a chorar. O Sunshine, que noutras matérias é todo pelo “para a frente é que é caminho, se chorares hoje, amanhã já choras menos”, aqui ficou seriamente sensibilizado e apreensivo, e sempre que eu referia que ia para a piscina com a Luazinha quando fôssemos de férias, tremia como varas verdes, pronto, não tremia, mas deixava de dormir nessa noite, vá!

Mas eu não me deixei intimidar e estas férias lá fomos nós para a piscina dos pequeninos! Primeiro os avós babões ainda tentaram, cada um à sua vez, serem os iniciantes da neta nesta prática nova, mas foi apenas com a mamã que ela sentiu a confiança e segurança para estar toda mergulhada, só com a cabecinha de fora, e começar a ADORAR a experiência! A sério, ela ria, andava de um lado para o outro (eu sempre a agarrá-la, como é óbvio, mas ia balaçando o corpo dela de um lado para o outro, ao género do dragão da sorte da canção “never ending story”, aliás, “trilha” sonora desta actividade), e por fim até já batia as perninhas e nadava “à cãozinho”.

O Sunshine lá estava sempre cheio de medo e super apreensivo, mas com o tempo e o passar dos dias lá foi percebendo o quanto ela adorava estar ali, e era bom também porque refrescava (o calor era mais que muito) e ainda dormia uma sestinha de fim da tarde porque ficava cansada com o exercício!

Por isso agora estou a pensar em ir com ela para umas aulas de natação para bébés!

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