domingo, 5 de fevereiro de 2012

Há cinco anos

Ontem foi dia de festa! A minha sobrinha mais velha fez na sexta feira 5 anos!! 5 anos de gente, meu Deus, como o tempo passa!

No dia em que ela nasceu, estava eu no México, de papo para o ar, a beber daiquiris, a comer que nem uma lontra, a trabalhar para o bronze! Por acaso nesse dia em concreto tinha ido mergulhar! No ano anterior tinha tirado o curso de Open Water Dive pela PADI, e estava ainda naquela fase de euforia, e quando me vejo nas Caraíbas, claro que não ia desperdiçar aquela oportunidade de conhecer uma fauna muito mais interessante! Mas, na verdade, o mergulho correu super mal, pois enjoei de morte quando íamos no barco até ao ponto de mergulho, estava imensa corrente, mal conseguia ver a fauna, de tão maldisposta que estava e de tanto que a corrente me arrastava. Só cá em Portugal, quando revelei as fotografias (levei uma daquelas kodaks à prova de água descartáveis), é que percebi que tinha estado cara a cara com uma BARRACUDA (uma familiarzinha do tubarão, o sonho de qualquer mergulhador, mas não o meu!).

Agora que ela fez cinco anos, foi inevitável não pensar nisso, que estava há cinco anos num cenário onde hoje em dia adoraria estar, num resort nas Caraíbas, a descansar, apanhar sol, conhecer locais novos e novas culturas, banhar-me nas águas quentinhas quando cá era pleno inverno, ai, sem dúvida era uma boa vida! Quem me dera agora só um diazinho assim desses!! Dado que nem um dia de praia este lombo viu no Verão passado, dado que nem o arzinho da rua apanho agora semana após semana, quase, correndo do trabalho para casa dos meus pais e daí para minha casa, dia após dia.

Mas na verdade, não era feliz. Não estava feliz. Nessa altura por muito que tivesse um trabalho do qual até gostava mais ou menos, tinha amigos, família, etc, e estava a nascer a minha sobrinha, o que foi sem dúvida uma grande felicidade para mim, faltava o resto.

E agora, cinco anos volvidos, quando se comemora o aniversário dela, eu já estou com o meu Sunshine, com a minha filha linda de que tanto me orgulho, e apesar de todo o cansaço e de como a rotina nos engole e às vezes só apetecer viajar um bocadinho na máquina do tempo até à fase em que era moça solteira, desprendida e sem preocupações, tenho a certeza de que se lá voltasse ia querer logo voltar, pois agora pode não haver méxicos (pelo menos, por enquanto), mas há tantos outros sabores diferentes e tão, tão melhores!

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