O projecto inicial era: quatro dias em casa com a Luazinha, ver escolas, ir à sessão de Psicomotricidade, três dias no Porto, dois dias para fazer compras de Natal e fazer os doces e pronto, regresso ao trabalho.
Já tínhamos toda uma rota de viagens, aconselhada pela pessoa que mais confiança me inspira nestas lides de "o que ver em determinada cidade sem isso significar propriamente passar os dias enfiada em museus só para dizer que lá estive", que é o meu grande amigo N.. O N. e eu temos conceitos aproximados do que pretendemos ver quando vamos viajar, a única (grande) diferença é que ele é mais urbano e eu adoro aquelas férias que incluam também estar de papo para o ar, comer, fazer praia e conhecer culturas diferentes pelo meio. Mas, quando o destino é "cidade", não sou muito apologista de perder dias inteiros em exposições, visitas guiadas, museus, acho que se deve ver tudo q.b., mas gosto de sentir a vida das pessoas, de estar numa esplanada a observar "a movida", como dizem os espanhois, dos nativos, de fazer compras (sem exageros), de conhecer as ruas e as gentes.
Então o N, já nos tinha dado uma lista com umas 15 coisas para fazer, o que em dois dias e meio seria no mínimo ambicioso pensar que conseguia fazê-las todas, então eu e o Sunshine já tínhamos um caderninho com a selecção da selecção.
Mas enfim, quando se tem filhos, por muito que programemos tudo com antecedência, a coisa pode sempre sair-nos ao lado.
E assim foi, a Luazinha ficou doente, e ficámos com ela, e as férias transformaram-se numa versão muito mais caseira, que eu também aprecio bastante (fora o facto dela estar doente, claro, isso de facto não tem nada de apreciável).
Brincámos muito mais com ela, fizémos desenhos juntas, treinámos a subida aos sofás em busca de comandos de TV, brincámos com a quinta dos animais e o mini-computador falante da Chicco (sim, é prenda de Natal dos avós, mas ela ainda não percebe que recebeu antes do tempo...), e enquando ela dormia a sesta eu e o Sunshine também descansámos, fizémos iguarias culinárias apreciáveis, compras de Natal (um de cada vez, claro), vimos a Casa dos Segredos (sim, vejo, eu sei que não é nada intelectual e bla bla bla, mas para esforçar o cérebro já me basta o trabalho o dia todo, à noite quero é rir-me e descontrair), no fundo, talvez tenham sido as férias de que todos estávamos a precisar.
Apesar das noites não serem muito pacíficas, porque a Luazinha está com dificuldades em respirar, e o Atrovent sozinho não está a conseguir resolver, depois ela acaba por dormir mais um bocadinho de manhã e sempre compensa.
O Porto fica para outra altura...
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