Isto comigo pelos vistos é sempre
assim, começo por andar muito enjoadinha, sem conseguir comer nada, a perder
peso, barriga tímida que teima em não aparecer, barriga que não mete respeito
nem conquista lugar privilegiado em lado algum. Já da gravidez da Luazinha foi
assim, perdi 8 kgs no primeiro trimestre, devo ter demorado o segundo para os
recuperar e no terceiro venham daí mais 8.
Ou seja, quando o enjoo começou a
passar, sentia ganas de comer tudo o que o meu cérebro pudesse considerar nem
que fosse apenas levemente, apetitoso, ou vá, comestível. Porque tudo parecia
saber um bocado a metal, e quando havia uma coisa ou outra que até assentava
bem, desforrava-me daqueles três meses de jejum forçado.
Mas lá está, como tinha muito
“crédito”, no final acabei por ficar apenas com mais 8 kgs do que no início,
fui sempre uma grávida com um ar mais ou menos “controlado”, no final já tinha
uma barriga jeitosa, sim senhor, mas era quase só isso.
Desta vez comecei logo a utilizar
a experiência sábia do passado, e a saber que enjoos combatem-se tentanto comer
algo que nos apeteça. Se não, vai transformar-se numa névoa que só pode acabar
em vómitos, em fraqueza, em enjoo ainda mais acentuado. Eu sei que na teoria
não é nada disso. É comer pouquinho de duas em duas horas e blá blá blá, um
bago de uva agora e outro daqui a uma hora (seriously?? Quem consegue fazer
isso??), o iogurtinho magro, as sopinhas. Mas comigo isso não dá! Sopa, cada
vez que como, vomito na certa! Dá-me azia, sabe-me mal! Belherque! Comer apenas
frutinha e daqui a uma hora um bocadinho mais também não é para mim. E trazer
comida saudável de casa e ir aquecê-la à cozinha é um esforço sobre humano, com
todos os cheiros a comidas que pululam na cozinha, e ter que olhar para a
comida fria antes de ir ao microondas, e sentir o cheiro..... aaarrrgghh... não
dá!
Então o que tenho feito? Dois
pequenos almoços, almoço sempre em restaurantes (portanto, ora são doses
abundantes, ora são pizzas ou massas), pela tarde um bolinho com creme (às
vezes, não é sempre...) e à noite uma taça de gelado (isto sim, é sempre), que
me sabe à última maravilha do paraíso! Conforta enjoos, cansaço, calor, tudo!
Mas a conclusão desta “dieta”
contra o enjoo é estar a transformar-me rapidamente numa bisonta, sinto-me
pesada, barriguda, cheia de calor e com pouca mobilidade! Sinto-me como final
da gestação da M. (Luazinha), só que com 23 semanas e picos! Promissor não é??
Hoje fui à médica, que ficou
assustada com os 4 kgs ganhos no último mês, e com o tamanho da barriguinha do
baby, coitadinho, tão pequenino e já condenado a ser barrigudo, e levei mesmo
cartão vermelho! Tenho que controlar os doces, também por causa da espada da
diabetes que impende sobre a minha moleirinha (avó materna diabética), e tentar
fazer exercídio (não sei muito bem quando, talvez comece a fazer a auto estrada
todos os dias a pé!!).
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